MISSÃO NAS FRONTEIRAS

       Conheça uma iniciativa corajosa e torne-se parte desta equipe como missionário/a

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MISSÃO NAS FRONTEIRAS – uma necessidade, um chamado, um desafio

Missão nas fronteiras é uma missão nas fronteiras do Brasil, Guiana Francesa e Suriname

 

Uma necessidade:

São lugares de intensa imigração (ainda mais depois do terremoto em Haiti) desordenada e desassistida; lugares de prostituição e tráfico humano; lugares de uso e passagem de droga. É missão nas FRONTEIRAS no duplo sentido: geográfico e social. É missão que se realiza nas fronteiras do Brasil, Guiana Francesa, Suriname. É missão que busca em primeiro lugar os que se encontram nas fronteiras da sociedade tanto culturalmente como os Povos Indígenas, tanto socialmente: os migrantes, os sem documentos e sem trabalhos, os garimpeiros, as vitimas do tráfico humano e as vítimas da prostituição e da droga.

 

Um chamado:        “Eu vi a aflição do meu povo, ouvi seu clamor e desci para libertá-lo” Ex3,7-8

Ele está chamando  a sua igreja, quem sabe você, a ser presença viva dele no meio do seu povo. A Missão nas Fronteiras nasceu de um chamado de Deus através da realidade e do apelo de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe que é reforçado e explicitado nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015 da CNBB), para que as Igrejas se tornem de fato missionárias. O chamado é reforçado pela campanha de fraternidade 2014 e pela exortação apostólica de Papa Francisco, A Alegria do Evangelho: “…preocupação por anunciá-lo noutros lugares mais necessitados, como numa constante saída para as periferias do seu território ou para os novos âmbitos socioculturais… o sonho missionário de chegar a todos.”(30-31)

 

Um  desafio:

  • É uma missão que promove a articulação entre as igrejas, grupos e entidades no enfrentamento dos graves problemas que afligem a população.
  • É uma missão que se propõe utilizar o mínimo de infra-estrutura e meios econômicos.
  • É uma missão que atua num panorama diversificado por: línguas, culturas, raças, nacionalidades.
  • É uma missão desafiadora na convivência: internacional, intercongregacional  e plural: leigos/as, religiosos/as, sacerdotes.
  • É uma missão a ser construída por nós mesmos, a partir da realidade e em comunhão com as igrejas.

 

Para realizar esta missão:

O projeto Missão nas Fronteiras é um projeto elaborado em mutirão e fruto do anseio e preocupação de missionários, bispos, presbíteros e leigos. As pessoas que nele se engajam participam da própria elaboração do projeto e se confrontam com as igrejas onde o projeto se realiza. O Projeto Missão nas Fronteiras é um projeto em continua elaboração, a partir das mudanças necessárias para encontrar a melhor maneira de colocar-se a serviço da vida das pessoas e realizar em comunhão com as dioceses a missão que Jesus nos confiou.

 

  1. Faz dois anos que COMIRE N2 apresenta e reflete o projeto com a CNBB e CRB N2, que apóiam a iniciativa.
  2. Os bispos de Macapá, Cayenne e Suriname também foram contatados, assim como equipes locais em Oiapoque, Cayenne e St. Georges e Paramaribo.  Manifestam interesse e a necessidade de acertar os detalhes para poder concretizar.

 

Detalhes com umas propostas:

 

  • Objetivo da missão: Atender de diversas formas as pessoas indicadas acima – ameaçadas ou vítimas das múltiplas situações perigosas nas fronteiras. (tráfico de seres humanos, drogas, animais silvestres, contrabando de ouro, migração…

 

  • Ação: A ação específica da equipe missionária será determinada na fase preparatória e de conhecimento da área.  Na sua preparação irão estudar o levantamento e diagnóstico e conviver com o povo na realidade local. Neste período, com acompanhamento e assessoria, poderão fazer sua proposta de programa de ação.  Já supomos ações preventivas como a Rede pela Vida faz em outros lugares. Para ter a mobilidade e agilidade necessárias a sua tarefa a equipe não deve assumir atividades pastorais que prendem. Uma grande tarefa será de manter uma eficiente articulação com as equipes nos três países para que uma ajuda a outra nas ações de proteção das pessoas. Em todos três países tem brasileiros nas equipes o que ajuda a comunicação. Supõem-se reuniões ocasionais, planejamento comum e algumas ações comuns das equipes nos três países.

 

  • Parcerias: As equipes pastorais em Oiapoque, St. Georges e Cayenne participam em redes de solidariedade e defesa das pessoas. A equipe missionária deveria conhecer estes trabalhos para somar e não duplicar.

 

  • Responsável:  A CNBB N2 seria responsável pela missão, garantindo sua manutenção e apoio institucional. Para tanto, conta com a CRB e com as congregações e dioceses que enviam missionários. COMIRE N2, sob a direção do Dom Bernardo, assume o processo de preparação e acompanhamento inicial.

 

  • Pessoal: A CRB tem prática, junto com a CNBB, com missões intercongregacionais (Haiti e Timor Leste) e já temos uma voluntária religiosa e outras interessadas. Podemos avançar melhor neste ponto depois de consolidar o apoio.

 

  • Necessidades: A equipe precisa passagens para chegar a Oiapoque, um lugar para morar, uma mensalidade que dê para viver (O custo de vida em Oiapoque é alto.) e fundos para viajar pelo menos duas vezes por ano a Suriname – Cayenne. Também deve participar ou ser representada nas reuniões da diocese em Macapá e na assembléia do Regional N2 em Belém. Para manter uma boa articulação precisa de meios de comunicação (computador com internet).

 

  • Recursos: Como tem acontecido em outras frentes missionárias, as despesas podem ser partilhadas entre a CNBB, as Congregações e outras doações. As campanhas de Evangelização e Missão poderiam ajudar e este ano especialmente a Campanha de Fraternidade.  Embora a diocese de Macapá e a paróquia de Oiapoque apóiem esta iniciativa, não tem condições de assumir financeiramente. A CNBB poderia fazer um projeto para Adveniat ou outra entidade de solidariedade para completar.

 

Cronograma:

  • Janeiro 2014 – reunião do conselho de Comire N2 com Dom Bernardo para concretizar e encaminhar as propostas
  • Fevereiro – levantamento da realidade e diagnóstico (assessoria: Casagrande, Henriqueta)
  • Quaresma 2014 – divulgação, convite para apoiar e para fazer parte da equipe, inscrição dos voluntários.
  • Maio – junho 2014 – estágio prático e estudo em preparação para a missão.
  • Agosto em diante – inauguração da missão em Oiapoque.

 

Perfil Missionário :

  1. Ser disponível para uma vida austera e com condições de saúde e disposição física e psicológica, que permitem agüentar condições de alimentação e estadia muito simples, de acordo com a vida que leva o povo, chegando, às vezes, até mesmo a condições precárias. Muitas vezes a missão exige também a caminhada por percursos longos, tanto nas periferias urbanas quanto nas regiões rurais, exigindo do/a missionário/a  muita disposição e boa saúde.
  2. Ter um espírito de equipe e capacidade de partilhar.
  3. Ter maturidade afetiva que permita testemunhar uma entrega prioritária e fiel à missão
  4. Ter a alegria do Evangelho e espírito de acolhida com capacidade de conviver com os desafios que a realidade apresenta e saber enfrentá-los comunitariamente.
  5. Ter alguma experiência, na medida do possível, de trabalho com movimentos populares e/ou atuação pastoral, com uma visão social aberta e um espírito crítico que determine uma atuação diferenciada sem os resquícios do paternalismo, do assistencialismo e dos atrelamentos políticos, tão comuns nesta região. Espera-se que tenha uma formação acadêmica, pelo menos o ensino médio, e também que esteja aberto/a para uma formação permanente e atualização de acordo com as necessidades e atividades desenvolvidas na missão da Equipe.
  6. Ter disposição para aprender línguas.
  7. Ter sensibilidade ecológica na vida diária e sensibilidade social em questões ligadas à educação e saúde e a conflitos de terra e água.

 

Belém, Semana da Epifania do Senhor, 2014